Fadiga: por que ela é foco de atenção na esclerose múltipla?

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A fadiga é um sintoma muito frequente, que acomete ao menos 30% dos portadores da doença, segundo o Atlas da EM, um mapeamento da Esclerose Múltipla no Mundo, capitaneado pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla.1 Existem outros registros que sugerem que esse percentual seja ainda maior, podendo se aproximar de 80%.2

Caracterizada por cansaço e falta de disposição, a manifestação é bem diferente de um simples desânimo, que ocorre, eventualmente, na população geral ela impõe limitações significativas à rotina, tornando-se incapacitante e podendo ser confundida com depressão, por exemplo. É uma sensação de exaustão crônica e profunda, que independe da realização de qualquer tarefa.3

Devido a todo esse mal-estar que impõe ao paciente, o sintoma compromete sua capacidade de exercer atividades cotidianas e também profissionais, representando uma das principais causas de desemprego entre os portadores, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla.2

Corpo em movimento

Uma revisão de 36 estudos com 1603 pacientes, publicada na respeitada plataforma científica Cochrane, deixou claro que a atividade física é uma das principais aliadas dos pacientes. Porém, a abordagem precisa ser individualizada, contando com a orientação de um profissional de educação física e do próprio neurologista.4

O levantamento destacou, sobretudo, os benefícios dos treinos de resistência, dos mistos (força muscular e resistência combinados), bem como de modalidades como ioga e tai-chi para a diminuição da fadiga.4

Outra medida importante é avaliar, junto com o médico, se o incômodo pode ser secundário a outros problemas relacionados à esclerose múltipla, como as alterações de sono ou cognitivas, por exemplo.5

Por fim, afastar o estresse, investir em atividades prazerosas e recorrer à psicoterapia, além de adotar uma dieta balanceada e manter boas noites de sono, são outras estratégias eficientes para minimizar o desconforto.2

Baixe o infográfico e saiba mais sobre a fadiga!


Referências

1. Atlas da EM 2013 – Mapeamento da Esclerose Múltipla no Mundo. Disponível em: http://abem.org.br/wp-content/uploads/2015/05/abem.org.br_pdfs_Atlas_EM_2013_FINAL_ABEM_baixa.pdf Acesso em agosto de 2020.
2. Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. Disponível em: http://abem.org.br/desmistificando-fadiga-na-esclerose-multipla/ Acesso em agosto de 2020.
3. Amigos Múltiplos pela Esclerose. Disponível em: https://amigosmultiplos.org.br/como-explicar-a-fadiga-da-esclerose-multipla-pra-quem-nao-tem-em/ Acesso em agosto de 2020.
4. Heine M, van de Port I et al. Exercise therapy for fatigue in multiple sclerosis. Setembro de 2015. Disponível em: https://www.cochrane.org/CD009956/MS_exercise-therapy-fatigue-multiple-sclerosis Acesso em agosto de 2020.
5. Esclerose Múltipla Brasil. Disponível em: https://esclerosemultipla.com.br/2014/08/12/fadiga-na-esclerose-multipla/ Acesso em agosto de 2020.